Não é só Setembro
Às vezes a graça das coisas se esconde dentro de tristezas. Por exemplo? Eu sempre soube que lidava com depressão. Quando a bomba estourou, no período passado, eu resolvi que era me desafiando que eu ia me curar. Achava que eu não era importante para as pessoas, um mero figurante da minha própria história, ninguém que marcasse ou que lembrassem na hora de ir sair para algum lugar. Onde está a graça nisso tudo? Depois que me desafiei, me expus aqui e em diversas vezes com fotografias, desenhos e publicações no meu tumultuado perfil de certa rede social, um monte de gente veio me dizer “Ei, eu li o seu texto. Eu sou como você”. A graça está aí, leitor. Eles eram figurantes para mim também. Eles não marcaram minha vida, não me eram importantes e eu jamais pensaria neles para ir sair num fim de semana. E sabe qual a parte mais irônica disso tudo? Em algum lugar do meu íntimo, eu sabia que aquelas pessoas que a mim não eram nada, na verdade, eram extremamente fortes. Pessoas que